domingo, 26 de fevereiro de 2023

Resident Evil 6 (Ps3)


O infame jogo da franquia (rivalizando com o RE: Operation Racoon City) que todos adoram detonar, muito por que o jogo se perde em "n" jogabilidades e a estoria transborda momentos de ação em execesso com interpretações canastronas.
Mas a parte disso é um bom jogo, tem suas palhaçadas com ás QTEs em excesso e a falta de do game em explicar a sua jogabilidade, que parece ser simples, mas tem bastante detalhe que deveria ter um tutorial para ensinar o jogador. Mas se você abraçar o absurdo da trama e tentar entender seus controles, pode ser um game bem divertido.

A jogabilidade não é simplesmente "atirar e andar", que na real até funciona na campanha do Leon. Mas nas demais fica injogável, por que você estará constantemente sem munição. O ponto forte do jogo é o "quick shoot", que permite que você exaecute os inimigos e poupe munição. Os controles são complexos e tem vários movimentos que podemos fazer, alguns bem complexos e não sei por que, não tem tutorial no jogo (muito menos manual fisico/digital explicando os movimentos)! O que complica, por que muito da diversão do jogo vem em dominar esses movimentos, se jogar como um 3rd person shooter comum, vai ser bem chato e monotono. Agora se dominar o quick shoot e seus demais comandos ele se torna bem divertido e tem bons momentos. Então indico dar uma olhada no youtube para aprender ás "manhas" dos controles. 
Mas o que peca pesado, é nos momentos "plataforma", onde se vê na cara dura que estão tentando emular Uncharted (e falhando miseravelmente). O principal problema é a camera, ela não se movimenta de forma que dé para executar ás ações direito (ainda mais se você estiver usando a padrão, que praticamente o personagem ocupa quase toda a tela. Ou seja, indico fortemente troque o modo de tela nas opções antes de jogar). Tem momentos (principalmente com o Chris e a Ada) que dá vontade jogar o controle na parede! Morri mais nessas partes que para os inimigos...
Outra mancada foi nas sessões onde se tem que "dirigir" qualquer veiculo, simplesmente horrivel. E nas abussivas QTEs que estragam a sua chance de ver ás cutscenes, alé, de interromper o gameplay o tempo todo, para um mini-game chato pacas! Contanto, assim que você entende os controles, esquece que esta jogando um Resident Evil, aceita os exageros e releva suas falhas, RE6 pode ser bem divertido, especialmente em coop.
Temos 4 campanhas para jogar,  com suas tramas e estilo de "gameplay": Leon é mais proximo do RE "rais" (na real mais do 4); Chris é "call of dutty" com mutações; Jake é no geral porrada com alguns momentos de tiro;  Ada é para ser "stealth", mas é tão porca a jogabilidade nesse sentido que não rola (acabei jogando no modo normal), com alguns quebra-cabeças simples.
os inimigos se resumem a zumbas (com variações chupadas de left 4 dead), J'avos (soldados que se não executados, sofrem algum tipo de mutação: tipo borboletas, gafanhotos, e galinhas) e o novo "regenerator" que parece F0d4, mas não é... Os chefes são esponjas de bala e nada interessantes. Mesmo abusando no exageros em sua mutações (cachorro, mosquito e um tiranossauro rex de carne! Ou uma água-viva da morte... Há o "Nemesis-wanna-be"). São todos bem meh e seus designs deixam a desejar...
O interessante é que notasse que o grande investimento de novo protagonista da série, seria o Jake, já que ele aprece em duas cenas pós-creditos, dando a entender que ele seria o nova combatente da Neo-Umbrella, ou Bio-terrorismo. Bem, deu xabu!

De qualquer forma, é jogo legal, com graficos bons para a época, cenários não tão inspirado, mas funcionais. Traduzindo, um bom jogo passa-tempo, nada demais e talvez esse seja seu maior problema.
Estavamos esperando um RE6...

Wall of Voodoo - Call of the West


 WoV é uma banda dificil de se ouvir, por mais que seu hit "Mexican Radio" seja estranhamente grudenta (muito da sintese do som do grupo esta nela). Ainda sim, Call of the West é um disco que requer algumas audições para ser compreendido, eu mesmo levei uns bons anos para entender o som da banda e principalmente desse album. o WoV começou como uma empresa de trilha para filmes b, nas horas vagas seus integrantes se juntavam para brincar de "banda". Desse background entedemos muito som lo-fi e clima das canções.
Em geral são narrativas acompanhadas por uma guitarra muito influenciada pelas trilhas Ennio Morricone, samplers, sintetizadores, percussão e bateria eletronica. Todos na banda compoem ás músicas, mas ás letras são só Stan Ridgway (vocalista/tecladista/guitarra), ela é especialista em fazer narrativas do cotidiano, como especie de roteiro de filme independente nas letras. Os temas vão de procrastinação, vida de um empregado de uma fabrica, um casal que perder um fim de semana em Las Vegas, paranoia entre vizinhos, espiões, rádio mexicanas nas fronteiras do EUA, viagem ao oeste, etc...

Esse é um disco que na primeira audição parece que ás faixas são simples demais, mas com o tempo cresce no ouvinte. 

"Tomorrow" tem um quê ala Devo, mas com temas orientais nos sintetizadores; "Lost Weekend" caberia de boa numa trilha Lo-fi de qualquer filme do David Lynch, o clima de estrada e perdição é palpavél; "Factory" tem um som industrial e pesado, isso com inserções de elementos de faroeste e uma guitarra tocando "errado" aqui e acolá; "look At Their Way" tem uma guitarra que emula muito bem os temas de series dos anos 50 como além da imaginação, os vocais dão o clima de paranoia perfeito; "Hands Of love" tem bons momentos, mas é o elo fraco do album; "Mexican Radio" tem uns dos refrões mais estranhos e grudentos que já ouvi, otimas percussões, syths e uma guitarra minimalista; "Spyworld" tem um clima pulsante que permeia toda faixa, a guitarra toca tempos e acordes estranhos, a percussão esta sempre presente; "They Don't Want Me" é a faixa onde a guitarra é mais evidente, principalmente pelo timbre sujo e vocais minimalista; "On Interstate 15" é uma instrumental que poderia de boa estar em qualquer trilha de um faroeste italiano; "Call Of The West" fecha épicamente o disco, com seus sintetizadores, guitarra faroeste e um dos melhores vocais do album. 
 

Infelizmente a banda não durou muito, quer dizer... Não com a formação "clássica", já que Stan saiu do grupo por causa da fama e excessos. A banda em si continou com outro vocalista, que no geral tem boas canções. Mas perdeu o seu principal letrista e a cabeça por trás do som da banda, já que assim que saiu os elementos desse disco foram juntos. Mesmo assim é um marco na estoria da música, pena que poucos conhecem além do seu hit e esta relegada a apenas mais uma banda dos anos 80.


sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Dennis Wilson - Pacific Ocean Blue


Dennis Wilson nunca foi exatamente meu "Beach Boy" favorito, muito por que não sou exatamente fã da imagem de "porra louca" que resultou em um final indigno a um bom compositor, que infelizmente sempre a esteva a sombra de seus irmãos. Foi primeiro Beach Boy a se aventurar em carreira solo, diferente seus camaradas conseguiu ter um som bem próprio sem precisar apelar para o surf music de sua banda.

Pacific Ocean Blue é um disco dolorido onde Dennis se encontrava em divorcio (pela segunda vez com a mesma mulher), o fato de estar em frangalhos por causa do desgaste da sua relação (muito por sua culpa) com sua banda e sem contar sua insegurança na empreitada solo, onde deveria se firmar como compositor. Mas dessa tormenta saiu um álbum maravilhoso, que infelizmente perdeu espaço na discografia de sua banda, além de ser sepultado  (de certa forma) por ele mesmo. Mas vamos ás músicas...

River Song: O dedilhado delicado do piano, vocais em coro e uma letra simples de adoração ao "Rio", quase beirando a ingenuidade, comparando o infinito da natureza e o quanto ele deseja abandonar a cidade para uma vida simples. Os vocais rouco de Dennis e os backing vocais  são perfeitos em dar aquele tom ensolarado;
What's Wrong: É mais próxima do som "Beach Boy", onde Dennis assumi que se influenciou pelo estilo de tocar de Brian. Tem bons vocais, mas soa quase cômica, destoando um pouco do clima das outras faixas;
Moonshine: Essa tem um tom de solidão, principalmente nos versos chorosos e na emoção da voz, de novo temos uma estrutura estranha, o que destaca um arranjo bem incomum. O "refrão" é bem pesado: "Foi você que disse que não haveria amanhã/ Disse que agora me ama de outra forma/ de outra forma";
Friday Night: Começa num crescendo empoeirado, desbancado num riff bluesy do teclado adornado pelos vocais rasgados de Dennis;
Dreamer: Tem uma vibe ala ás canções solo do John Lennon nos anos 70 com aquela pegada pseudo funk. O efeitos na voz dão um tom etéreo a faixa, sem contar os belos arranjos de metais;
Thoughs of You: A melancolia do piano, aliada a simplicidade da melodia onde o autor derrama a falta da sua amada, culminante num rompante do arranjo de cordas. Mostrando bem a dualidade do amor/ódio;
Time: Outra canção dolorida ancorando na voz gasta de Dennis, piano e arranjo de cordas com direito a um solo de metais;
You and I: A suavidade da faixa, embalada pelos acordes de piano e simplicidade de um solo de violão, tem um clima meio de fim de tarde numa praia;
Pacific Ocean Blue: Guitarras slide e blues se encontram com órgão funk, os vocais desgastados de Dennis são adornado por coros e uma bateria que acrescenta sempre uma camada  de viradas a cada volta;
Farewell My Friend: Tem um tom de canção de ninar, mesmo com um tema pesado como o falecimento. mas tentando ter um ponto de vista mais positivo como uma passagem, foi tocado no funeral do próprio Dennis em 84;
Rainbows: Umas das poucas canções guiadas por um violão e (creio eu) um mandolin, o vocal é mais melódico e menos rasgado e tem um clima bem positivo;
End of the Show: Com o clima de despedida e com a voz gasta finalizamos o álbum, de novo em um teclado simples que cai em adornos de coro, guitarras e cordas. Finalizando com o publico esvanecendo.

Dennis é um compositor diferente de seus irmãos, muito simples nas escolhas de timbre e tocabilidade, carregando muita das canções na voz que com o abuso de álcool e tabaco (outras cositas mais) acaba dando esse tom cansado, ou um rugido rouco que casa bem com ás músicas. Os arranjos também são impares, muito não se limitam ao B á bá do rock/pop, muitas vezes quebrando estruturas e expectativas do ouvinte. Infelizmente por causa do estilo de vida a carreira solo nunca passou desse disco (mesmo que tenha trabalhado por um tempo num possível sucessor chamado Bamboo, mas nunca finalizado), a tour programada foi cancelada por que a gravadora não levava fê no projeto. E para finalizar os anos de abuso acabaram destruindo a voz de Dennis, que como todo "bom" Rockstar não entendeu e acabou se destruindo a si mesmo 5 anos depois.
O disco ficou relegado a sua edição original só sendo lançado novamente 1991 em cds limitados, extremamente raros de achar hoje em dia. Foi relançado em 2008 em digipack duplo, onde incluía o não-finalizado Bamboo com a direita a faixa bonus de "Holy Man" cantada por Taylor Hankins do Foo Fighters. A parte disso é um bom disco para quem curte álbum pessoais onde o artista se desmancha pelo os autofalantes.

sábado, 9 de julho de 2022

Jeff Turner: Cowboys, Truckers & Lovers

 


Pescando "raridades" online, me deparo com essa capa: Um cowboy encarando vazio e o titulo Jeff Turner: Cowboys, Truckers & Lovers? Caramba, mais datado impossível, tenho que ouvir essa desgraça! Por incrível que pareça tem o disco inteiro no Youtube (Um canal de vinis antigos disponibiliza). Já via Streaming a carreira do Jeff Turner só começa a partir de 1990... 
Um detalhe é que esse cara não tem quase nenhuma informação na web, nem no Wikipédia tem nada concreto, com exceção da versão alemã, onde tem alguma coisa tirada do site dele: Ele era um quiroprático que foi para os EUA trabalhar, enquanto esperava sua licença resolveu faturar uma grana tocando Country. E para minha surpresa, ele não é americano, sim australiano/suíço! Por algum motivo, assim ele permaneceu e conseguiu manter a sua carreira. Creio eu, já que, como disse o cara é um mistério, mesmo que tenho alguns vídeos dele ao vivo na rede e até a sua morte em 2020, ele ainda se apresentava... 
Milagrosamente é possível achar esse álbum em cd, com sorte (que eu não tive) num preço bem bacana!
Mas como a carreira do artista, nada de informações no encarte: Qual era a banda? O nome da cantora que divide os vocais em algumas canções? Nada, apenas créditos de composição, sendo seis do Jeff Turner (algumas em parceria com um tal de Corner), outras covers e outras tradicionais. A única certeza é que o Jeff Turner Canta e toca violão.

Bem, a parte disso é um bom disco de Coutry regado a muito rock, com bons riffs de guitarras em algumas canções, baladas folk e vocais poderosos que guiam os temas das trivialidades da vida de um "Cowboy do asfalto". Ás letras são muito boas, tem momentos bem engraçados e bregas. Também alguns temas pesados.

- You can have her: Essa é mais próxima de um country raiz, se você ouvir apenas essa canção, pensa que vai ser mais um disco básico do estilo. Não é ruim, ao contrario já mostra que o cantor tem voz poderosa e bom ritmo para contar uma historieta. Mas musicalmente é competente apenas;
- Devil's ravine: Essa já começa com um riff bem pesadinho até, alias a guitarra solo brilha nessa faixa. A letra conta a estória sobre uma estrada conhecida como "ravina do Diabo", tem tanto detalhe que você se sente dirigindo por ela, ainda tem efeitos especiais para ajudar no clima;
- You're gonna love yourself: Típica balada de fim de noite naquelas bares de beira de estrada com direito a lapsteel chorando de fundo e dueto de casal! O narrador jura que nunca vai abandonar a sua amada depois daquela noite, que compreende que ela já foi usada e suas suspeitas, mas ele é diferente. É tão brega que é difícil não curtir;
- Sixteen Tons: Outra música onde a guitarra solo se destaca com bons riffs e solo, além de backing vocais "indígenas" e vocal falando sobre a divida de um minerador com a empresa a qual trabalha;
- Wind blows it's own way: Outra balada em dueto, aqui tratando como ás mulheres não entendem os sentimentos dos cowboys e seu espirito livre como o "vento";
- Me or your guitar: Para é mim é mais engraçada do disco, aqui tratasse de um fã de country que compra uma guitarra, por causa de sua paixão por ela, ele tem que escolher entre a guitarra e sua mulher! É o básico de country, onde o violão e a guitarra conversam sobre uma batida bem alegre;
- Tennesse Roads: De longe a canção mais rockeira do disco, principalmente a guitarra solo com licks bem Rock n' Roll dos anos 50 com pitadas de blues aqui e acolá. Liricamente é a mais fraca do conjunto;
- If you wanna know: É uma canção de fim de relacionamento, não chega a ser uma balada e sim mais folk. A letra com certeza tem ás melhores perolas de Jeff Turner, alguns exemplos: "se você quiser saber... o quanto sinto sua falta? ponha sua cabeça na água, tire-a e veja o lugar onde deveria estar", "se você quiser saber... para onde eu vou? aponte para o mapa, eu estarei o mais longe dali" e "se você quiser saber... por que eu estou a deixando? aponte para a estrelas, conte quantas poder, esses são os motivos que você me deu". Jeff Turner é um poeta; 
- Auctioneer: É o ponto fraco do disco, longe de ser ruim, mas nada demais; Tem uma boa brincadeira com a velocidade e bons arranjos de banjo;
- Highway Queen: Essa puxa um baixo bem na linha de "Highway Star" (não tão trabalhado, mas tem a intensidade) do Deep Purple, a guitarra e violão dançam nessa moldura com boas quebradas da bateria e um bom refrão. A letra trata de uma adolescente que se torna uma assassina em série que pedi carona e mata caminhoneiros, um tipo de vingança contra os "vaqueiros" do asfalto (essa ficou bonita) para tentar amenizar a sua dor de ter sido abandonada por um deles;
- Train Medley: É uma mistura de uma canção do johnny Cash ("Folson Prison") mais duas canções tradicionais. Tem clima de urgência, (se não estiver enganado) uma guitarra wha de fundo e boas linhas de solo;
- Special lady: Fechando de modo soturno, vocais serenos e o lapsteel lacrimejando em momentos certeiros. Aqui o narrador declama o seu amor, melhor implora e diz o quanto deseja ajeitar com a sua amada. Mesmo aos quarenta e um anos, ele sente que a sua vida esta apenas começando;

um dos melhores álbuns de Country Rock que ouvi, infelizmente fadado esquecimento já que pouco sabemos de autor e obra. Mas mesmo assim para quem cruzar com essa "resenha", espero que desperte o interesse.

https://youtube.com/playlist?list=PL5IVSzj8l_FQalGmRsT0xNasLvbvFiKS9

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Alone in the Dark - Inferno (ps3)




 Esse jogo é de uma era onde ás desenvolvedoras tentavam coisas diferentes, em geral falhando miseravelmente. Mas pelo menos não se prendiam no "B á bá" de mundo abertos (vazios), tiros em primeira pessoa, multiplayer online ala Fortinite, ou Soulslike como hoje em dia. 

Alone in the Dark, tenta unir os quebra-cabeças, plataforma e ação num mix de jogabilidade  Hack n' slash em terceira pessoa e tiro em primeira pessoa. Por mais interessante que seja, acaba sendo uma experiência esquizofrênica para o jogador. Tem momentos que você fica: "Uau! que jogabilidade incrível com tantas possibilidades!". "Tantas possibilidades de combate e resolução de puzzles". E Outras: "Maldito controles truncados, maldito enigma que não explica direito meu objetivo e ainda me dá tempo limitado para resolver!".

È trágico, por que notasse o amor dos desenvolvedores. Não é um game da Ubisoft reciclado do ano anterior (com algumas coisinhas novas aqui e ali) e desovado no mercado para bater ponto. Mas isso não tira o fato, que por mais que goste do conceito do jogo, ainda é um game que caminha entre o mediano e bons momentos, ouso dizer que tem um charme ala Deadlly Premonition e com certeza não merece a fama de ser um jogo ruim, bem longe disso!


Os controles de tiro (que alias, são sempre em primeira pessoa) são básicos da época: Botão R1 e mira no analógico (L3); Armas brancas basta pegar qualquer objeto disponível na área com X, ou soltar com REDONDO, entrar no modo combate (L1) e usar o analógico (R3) para desenhar os ataques. É funcional, mas impreciso e em momentos de velocidade para executar determinada tarefa podem atrapalhar o jogador e não exatamente a melhor forma de enfrentar os inimigos; Já no quesito plataforma é padrão: QUADRADO pula, o X segura cordas, Redondo solta cordas e objetos; Todos controles podem ser feito qualquer visão de preferencia do jogador, que pode alternar entre 1 e 3 pessoa no TRIANGULO;
Há, já estava me esquecendo...
Tem controles de carro também, mesmo esquema dos de corrida, só bem mais toscos!

O clima do jogo tenta ao máximo ser épico, principalmente no cenário de abertura; Depois na grande Central Park (Não é mundo aberto e sim um grande Hub entre ás fases) tem um clima soturno e de isolamento bem legal, mas nem de longe de tem susto e incrivelmente não apela para "jump scares";
A estória eu achei "meh", é o clichê do mal que vem destruir todo humanidade e os personagens não são tão profundo assim para o jogador se importar. Os diálogos também tem momentos muito engraçados, não são mal interpretados (principalmente quem dubla o Edward), mas é tosco e muito sessão da tarde (com exceção dos palavrões que o protagonista solta direto). Tem seu apelo meio filme trash; Já os gráficos são bons para a época, mas achei que em alguns momentos a falta de detalhes pode atrapalhar nos enigmas, ou itens que ficam escondidos por que não se destacam no campo de visão do jogador. Outro lance que não curte é que o jogo é muito escuro, joguei com o "Gamma" no talo e mesmo assim tem momentos que é complicado. Os momentos ala Burnout, são passáveis, mas tem partes que o carro faz coisas incríveis e geralmente fazendo a gente perder, sem contar que ainda tem alguns bugs bem vivos em 2022, principalmente na primeira sessão de corrida até o parque...

Ok, o combate vai se limitar aos itens que Edward carrega na jaqueta (arma, balas, isqueiros, bandagens, fita-tape, splays (de cura ou de insetos) e garrafas de álcool/gasolina). Lembrando FOGO é a chave para vencer os inimigos, então só usar balas e armas brancas apenas os atordoa momentaneamente. Com isso podemos fazer  coquetéis molotovs, isqueiro e sprays para queimar os monstros, ou usar a garrafas como tiro ao alvo criando uma explosão no inimigo, ou... ahahahahahaa Cara... Podemos por "gasolina/álcool" nas capsulas da arma e criar: BALAS de FOGO! Sim, sem piada... Nesse momento é o desenvolvedores dando o "Fod4ss3" no realismo do game. A parte disso podemos por em chamar qualquer objeto e usar como arma de "FOGO". O que é legal... mas eu achei mais eficaz os sprays, ou jogar ás garrafas, atirando nelas para criar uma explosão nos inimigos. E obvio, balas de fogo! 
Os inimigos se resumem a Possuídos, Morcegos-come come e uma gosma que é a pior coisa do jogo. Mas como Deadlly Premonition, o combate é a parte mais fraca do jogo, tem bastante variedade mas a execução não é tão intuitiva e os inimigos são bem chatos e nada divertido de ficar enfrentando. Não são difíceis, mas entediantes, ou no caso da gosma injustos... Os Chefes são fáceis e no geral requer a mesma estratégia, o que pode ser um desafio em um que requer uma certa velocidade de movimentação e coleta de itens num trem em movimento e os controles vão ser seus inimigos mais ferozes, mas nada impossível.

Já os Quebra-cabeças no geral são bem legais, muitos deles envolve o jogador usar os objetos do ambiente, fogo e luz da lanterna. Só carece um pouco de informação ao jogador, por que a jogabilidade tem tantos elementos que fica difícil saber qual usar. Em alguns a solução (ao meu ver) é mais estranha, nunca teria pensado naquilo. Ou tipo esta, a pista esta escondida num objeto que o pode destruir/mover na parede, mas o gráfico não destaca e você perde tempo dando volta. Em maior chances nos Puzzles envolvendo o símbolos, onde o lance de poder fechar os olhos, um som nos indica onde ele esta, só um detalhe os símbolos já descobertos ainda tem o som, assim acabamos ficando dando volta sem saber o que fazer.... Uma dica seria uma coisa legal de vez em quando, ou sinalizar comando em determinada áreas.

Bem, além disso o jogo inovou como estrutura de série, onde a trama é divida por 8 episódios e podemos ir voltar o quanto quiser na história, cada capitulo tem suar partes divididas. Então esta preso numa area, pula e continua jogando. Só tem um porém (que pode ser ruim em algumas sessões): Você perde todo seus itens ficando apenas com o básico, o que é ruim. Falando por mim, um "gamer modo easy always", é possível jogar os 7 capítulos de boa, em alguns momentos se fica trancado, mas não frustra a ponto de termos que usar o "fastforward". Agora no 8 capitulo, não tem como... Primeiro entra um GRIND massivo, onde temos que aumentar nosso visão espectral, fazendo a mesma atividade no em diversas áreas no parque, o que não seria tão ruim se não tivéssemos limitados a poucos itens de inventario. Grind e survivor horror não dá, depois de 5 ou 6 quests dessas, eu estava a beira de desistir e para minha decepção (já que queria jogar tudo), pulei essa parte. Já depois temos uma longa sessão de quebra-cabeças que são legais, até chegar no penúltimo antes da sessão final do jogo. Onde temos que atravessar um labirinto sobre um poço no escuro, como um objeto em chamas para iluminar onde podemos andar enquanto o teto desce sobre nós bem rápido e para pararmos o teto precisamos ao mesmo tempo usar o objeto em chamas para bloquear a luz que atravessam a sala! Cara, tentei por uma hora, tive que aceitar minha derrota... Não tenho capacidade lidar com os controles e fazer isso tudo! Isso que nas versões anteriores (360/Pc) é possível correr nessa parte, não na versão de ps3 onde o personagem só anda, ou seja não podemos nem "trapacear"...

Mesmo assim, curte minha experiência com o jogo e não tem como não reconhecer suas ideias e inovações, não exatamente bem executadas. Mas nota 10 pelo esforça e paixão pelo projeto. E é um daqueles Games que vai fica na sua memoria, me lembra bastante o já citado Deadlly Premontion. Mas também o NeverDead e Ninja Gaiden: Yaiba. Ou seja, games que ousam pensar um pouco fora da caixa e com certeza agradam apenas a minoria que enfrente seus controles realmente quer joga-los!


quarta-feira, 20 de abril de 2022

Rocky Horror Show (1973)

 



RHPS para mim, me remete aos filmes de terror da Band (sim, aqueles antes do cine-prive) que todo sábado eu via. Num dia qualquer, não sei por que começa a rodar esse filme estranho e musical! Mesmo não sendo exatamente fã de musicais, não pode fugir a moldura de filme de terror/ficção cientifica dos anos 50 que abraçava a trama simples. Não tinha muito conhecimento das curiosidades que o filme joga pro espectador, mas não importava a performance de Tim Curry em "Sweet Transvetite" (que é uma das melhores entradas em qualquer pelicula que já vi) me prendeu no sofá.
 De qualquer forma, acho que é chover no molhado comentar sobre a trilha praticamente perfeita do filme e o quanto ele é um marco nos cinemas e na revolução de gêneros. Se bem que no meu ponto de vista essa é uma analise meio rala do conceito geral, já que penso que se trata muito mais em empoderar os "estranhos" em aceitarem duas estranhezas e terem orgulho de serem diferente (Don't Deam It- Be It). Mas filosofia a parte, é bem mais interessante ver suas raizes no musical original, notar o quanto os arranjos das músicas eram cru e tinha um quê de cabaré.

- Science fiction/ Double Feature: Diferentemente do filme, ela é cantada pela Patricia Quinn (Magenta) e não pelo Richard O'brien (Riff Raff). Tem uma guitarra acústica muito Pimball Wizard do The Who, adornado por belissimas passagem de piano e os vocais anasalados que em alguns momentos beiram ao de uma cantiga infantil;
- Damn It, Janet: Tem um tom bem mais agitado que a versão do filme, os vocais de Julie Convigton (Janet) e Christopher Malcon (Brad) também são bem mais cantados que declamado. Para mim de todos os casts que ouvi é uma das melhores performances;
- Over At The Frankstein Place: O clima soturno do piano da intro é muito bom, ás guitarras são ótimas, mas agora a voz de Christopher Malcon é horrorosa, sorte que o resto do cast salva a música.;
- Sweet Transvestite: De longe é uma das versões mais pesadas da música, principalmente a bateria, onde o batera senta o pau nela no refrão. Os vocais de Tim Curry (Frank-N-Furter) são ótimos, mesmo que não tenha aquele cinismo das ver cinematográfica e sim um tom mais Rock n' Roll;
- Time Warp: Originalmente a canção vinha depois da apresentação de Frank-N-Furter, no filme mudaram e meio que virou canônico. Bem, é uma versão bem mais simples, como uma pegada menos frenética. Os vocais da Patricia Quinn é de arrepiar, Little Nell (Colombia) esta otima e Richard O'Brien esta mais contido, no refrão notasse uma pegada mais rustica que é muito bom;
- Sword of Damocles: É uma versão bem mais "musical" convencional, lembrando bastante aquelas canções cantadas em grupo dos anos 60, tem um quê de surf rock com bons detalhes de orgão;
- Hot Patootie: De longe é mais fraca do album, não sei por que os vocais de Meat Loaf são iconicos e poderosos, que essa versão perde muito. Outra coisa que Paddy O'hagam (Eddie) grita demais nos refrões e beira ao irritante; 
- Touch-aTouch-Touch-aTouch-Touch-aTouch Me: Sempre achei o ponto fraco do musical, isso indiferente de versões que já ouvi. Essa aqui tem um tom meio latino (por alguma razão) enlaçado pelo orgão, bons vocais de Julie Convigton;
- Once In A While: Não entrou no filme, meio que foi raridade por muito tempo. Nessa versão o Christopher Malcon se destaca num melhores vocais dele. O arranjo simples de violão e piano é maravilhoso;
 - Rose Tint My World: É estranho a intro no piano, já que irmã cinematográfica com a sua guitarra suja é mais iconica. Com esse detalhe muito da canção se prende nos vocais. Little Nell arrasa, Rayner Burton (Rocky) é estranhamente blasé, Christopher Malcon é bom. Mas Julie Convigton canta num estilo gritado muito duvidoso e beirando ao irritante. Tim Curry não precisa se dizer, detona;
- I'm Going Home: Do ponto de vista vocal, caramba Tim Curry mostra uma das suas melhores performances (isso em todas versões gravadas: Aqui, o cast do Roxy em 74 e no filme em 75). Já na parte musical carece os arranjos mais elaborado que viria em versões póstumas, mas nada que estrague a experiência;  
- Superheroes: Com um clima mais soturno,  bons arranjos de guitarra e piano e uma bateria beirando ao tribal. Os vocais de Christopher Malcon me lembram um vocal de uma banda punk, só não lembro o nome;
- Science Fiction/ Double Feature (reprise): É praticamente o mesmo arranjo, só que com letras diferentes;

Assim terminamos, o legal é notar o quanto o musical tinha um tom mais rustico, tipo ouvindo você pode sentir que a apresentação num teatro, ainda mais com a simplicidade dos arranjos. Esse álbum é ao vivo, então muito das performance não quase perfeitas (diferente da versão do filme e o cast de 1990 que gravaram em estúdio os seus respectivos discos) tem seu sentido. Bem, para quem curte o filme, vale a pena conferir como tudo começou.

Detalhe: Ainda não havia ás musicas "Eddie Teddy", "Planet Schmanet Janet" e "Planet Hot Dog" que ainda não haviam sido compostas. E "Superheroes" também não fazia parte do filme até edições em dvd.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Kiss - Music From The Elder

 


Engraçado não me lembro se já fiz uma resenha do esse disco, mas como estou (estava) sem recursos para consultar, paciência...

O kiss sempre foi uma banda que em geral, sempre jogou no garantido, a mesmo formula de rock n' roll básico, quase sempre. Music From The Elder é um algum concebido num período onde suas cabeças criativas (Gene & Paul) não sabiam se agradavam os fãs, críticos, ou a si mesmos. Elder tem a sina de ser o disco que até mesmo seus criadores tem ojeriza, mesmo que com o status "cult" que o álbum ganhou durante ás décadas e ainda hoje em dia o consideram um disco inferior. 

O conceito veio de uma frase que de Gene pensou: "quando a terra era jovem, eles já era muito velhos" (parafraseando grosseiramente). Muito baseado em personagens entidades como o Vigia da Marvel para os "antigos" e calcado nas jornada do herói (aquela mesmice do escolhido). Bem, vamos ser sinceros o enredo é bem clichê e fraco, mas não é tão ruim para um disco conceitual. O problemas que a banda não soube trabalhar bem o estilo da banda e casar os personagens com suas personas dos seus integrantes. Além disso depois da gravadora ouvir ás músicas, eles alteraram a ordem das canções para tornar o material mais atrativo. No tracklist original (e depois nas edições remasterizadas) a banda tenta contar uma estória pelas faixas, mas a sequência é um padrão muito lento e insosso. Nessa situação creio que os "executivos" souberam ouvir melhor o material (musicalmente) e fazer um álbum coeso e com muito mais dinâmica, mesmo sacrificando o "enredo" em prol das canções. Outro detalhe que complica a "trama" é que em geral em Rock-óperas, cada integrante incorpora um personagem, nesse é difícil saber quem é quem: Paul é "Menino" que deve aceitar seu destino? Gene, o ancião que traz a jornada ao escolhido? Ace é o vilão que tenta corromper o herói? Então porque em certas canções eles trocam os papeis? Infelizmente eles não tinham um Pete Towshend para trazer sentido a historia...

De qualquer forma, musicalmente temos um Kiss mostrando que pode fazer um som que foge das amarras da suas própria sombra. Ainda é Kiss, mas temos influências de Bowie, metal, coros, musica medieval, "progressivo" adornados pela simplicidade da banda. 
- The Oath: É a porrada perfeita para começar o disco, temos guitarras com ás "cavalgadas" metaleiras, os vocais de Paul estão grandiosos e com direito a falsete nos refrãos. Falando em refrão, o bumbo duplo épico de Eric Car mostra como era um baterista antenado com a cena Trash que estava emergindo na época;
- Fanfare: Essa seria a introdução do album, bem o problema é que tão sem sal e medieval demais. Pior que que talvez poderia ser uma boa intro se tivesse participação da banda, tipo primeiro movimento apenas instrumentos medievais e depois no segundo tudo culminando com a banda estourando numa instrumental que poderia ter potencial e se você ouvir, notasse que esta lá isso, uma pena;
- Just a Boy: Balada típica do kiss com elementos medievais nas sessões acústicas, os vocais de Paul estão muito bons, principalmente se destacando no refrão;
- Dark Light: Para mim é um dos melhores Riffs de Ace, musicalmente é puro rock com boas ideias de percussão;
- Only You: Essa começa com um riff simples e poderoso que vai crescendo com os vocais, sim não é o Ace e sim Gene na guitarra. No refrão temos vocais sintetizados que dão um tom estranho cibernético a canção, não posso de ressaltar ás linhas de baixo que costuram a música de forma incrível.
- Under The Rose: Bateria marcial, vocais declamados e refrãos em coro, mais épico que isso impossível;
- A World Without Heroes: É pura breguice, o clima de showzinho vagabundo e baladinha obscena dos anos 70 com direito a cordas. Mas é tão bem construida e Gene se rasga tanto nos vocais que não tem como não gostar dela. E sim o solo de guitarra é o Paul que toca e não Ace;
- Mr. Blackwell: O baixo soturno que comanda cada nuance da música, os vocais "vilanescos" de Gene são perfeitos, principalmente no refrão. A guitarra é esparsa e abusa de espaço, mas marca presença;
- Escape From The Island: Instrumental que apenas foi incluída na edição em cd (e nas remasters posteriormente). É bem rock n' roll e frenética e com um tom de fuga, ainda mais com sirene que toca incessantemente;
- Odissey: O Cruzamento entre baladas Kiss-nianas (eu sei, acabei de inventar essa palavra) e Bowie/Ziggy. Tem todo aquele clima alienígena banhado em nostalgia (ou seria sintetizadores?). Estranhamente Paul canta em barítono, algo que raramente (talvez nunca) fez(ia). Além disso, bons arranjos de corda e piano;
- I: É puro Kiss, guitarras altas, vocais cruzados e refrão para os fãs cantarem junto. Quase perfeita, o que estraga é um verso moralista babaca no segundo verso, além de quase arruinar a música não tem nada a ver com o estória do disco;

Longe de ser perfeito, mas também muito longe de ser considerado o pior disco da banda (alias, com meu gosto duvidoso é o meu favorito, sendo seguido por Hotter Than Hell e Destroyer no meu top 3 da banda). The Elder vale a audição de fãs e não fãs do Kiss.