segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Pesadelo

Ele sonhou com gatinhos mortos... E jornalista em uma televisão, na verdade ele só ouvia ás vozes deles, mas sabia que era vinda de um aparelho de tv - Aparentemente tudo é mentira. ¼ das pessoas usam pijamas ao dormir, gatos são animais que mais sofrem mutilações por dia. A cada pessoa morta mais de cem felinos sofrem uma morte sádica. – Com os olhos tentando se ajustar ao escuro ele ainda escuta os jornalistas discutindo a veracidade da noticia em seu cérebro, confuso e desorientado ele levanta abre a porta e procura pelos seus animais, sonhando acordado...

Ele esfrega os olhos e agora não esta mais em casa, se encontra no nascer do sol em cima de um terraço. Uma garota digita mensagens em seu celular, no rosto dela esta uma decisão desesperada que vai marcar o resto da vida de seus conhecidos, talvez de pessoas que nunca deram bola para ela e vai assombrar eternamente a cabeça daqueles que a fizeram fazer isso. Ela deixa suas coisas de lado, se posiciona no parapeito a favor do sol e sem hesitação pula para o abismo a sua frente. Ele tenta chegar para ver lá em baixo, mas apenas consegui ver bits de uma parede?

Ele olha em três dimensões e se vê em volta a um jogo estilo DooM, sem ter nenhum conhecimento prévio ele se movimenta e atira em monstros que lembram vagamente todos seus traumas de infância. Num canto sorrateiro o alterego tímido e gordo é massacrado a balas, a cada rodada ele se mata num desafio infinito. Ele sabe que não importa o quanto mate o passado ele sempre vai estar lá. Ele entra numa sala com vários itens para se recolher, no jogo isso significa que algo grande vem em seu caminho, recolhe tudo que é necessário, se prepara para entrar e explodir quem estiver na próxima sala e ele vai.

Ele se encontra numa sala azul, crianças parecem estar procurando algo. Um garoto rechonchudo é o líder, mesmo que não tenha se dado conta disso, o garoto corre, entra em quartos, olha em gavetas, armários e por fim acha brinquedos atrás da cortina. Ele nota que o garoto rechonchudo era ele no seu último natal (o ultimo natal feliz). O calor da sala de sua avó que emana de cada parede azulada, a mesma arvore de natal que ela usou em praticamente todas festas (desde que ele saiba) com suas bolinhas onde o Papai Noel era desenhado de uma forma humorada em frente uma lareira e a estrela no topo que para ele era a mais alta do mundo. Adultos começam a brotar de todos lugares, onde o garoto sem o cinismo da vida não vê suas mascaras fundidas em sorrisos largos, ásperos e amaldiçoados, eles cercam o garoto distraído com seu bonequinho do Batman gigante, todos eles tem garfos e facas em suas mãos, num rápido momento todos estão em cima dele se alimentando. Ele tenta correr para salvar o garoto rechonchudo (ou a si mesmo), mas seus passos parecem lentos e vacilantes, como se estivesse em câmera lenta. Quando ele chega ao circulo de pessoas que se abre ao vê-lo, ele encontra a caricatura de seu pai lhe mostrando os ossos de sua inocência num prato.

Ele acorda!