segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sonho eStRaNhO

Depois de acordar de um sonho com ás têmporas suadas, a mão dormente e o coração batendo de forma irregular. O sonho se passava comigo em casa sendo chamado (do nada) para ir na minha antiga escola resolver um problema de um computador (acho que no mesmo eu ainda era técnico em informática, de qualquer forma...). No caminho para lá eu vou com um velho (que nunca vi na vida) de carro, onde ele conversa, alguns assuntos estranhos, ao qual não dou muita bola, estou mais preocupado em segurar minha mochila (por que o velho esta voando...) e olhar a rua coberta pala noite de Porto Alegre (a gente passou pela Cavalhada...).

Chegando lá na frente do colégio esta João (zelador) me esperando, com algumas pessoas que parecem ser alunos do colégio (aquele típico colegial almofadinha que agora rasteja por ali...), todos sentados me esperando, eu olho para o céu e percebo que parece ser muito tarde, tipo três da madrugada (horário estranho para se ter aula...). Entro no recinto, vejo que ele tem algumas mudanças, como mais tocos de arvores para se sentar e menos prédios, passo por um corredor que esta abarrotado de gente (deitados no chão ou sentando, encostado em paredes...), nisso vejo minha tia e suas filhas que estão ali conversando coisas que não me lembro, sei que passo por cima delas, esnobando minha única prima nojenta e me encontro num quarto, sabe tipo assim um quarto normal que dá entrada para outro. Há duas gurias, eu pergunto qual pc esta estragado e elas não tem a mínima idéia (isso me lembra um pouco meu trabalho...), questiono se elas conhecem alguém que possa saber, a resposta é (obviamente) não. No outro quarto vejo um guri estranho com o cabelo lambido, vou falar com ele, mas ele meio que parece estar escondendo algo, não quer dizer nada e fica teimando em dizer que não deve satisfações a ninguém (tipo playboyzinho mimado que dá vontade de encher de porrada). Nisso ele se retira, e eu penso: Bem vou ter descobrir o que esse cara ta escondendo! Bem nessa hora eu tenho uma leve semelhança com o Ace Ventura (não me pergunte por que...), começa a fuxicar gavetas e armários, mas não muito, por que o guri volta e vem perguntar o que estou fazendo, sinceramente digo que estou tentando entender o que esta acontecendo ali (virei detetive do nada) e ele tenta me atacar com canivete improvisado numa borracha. Parece que nos meus sonhos, eu tenho agilidade, por que eu desvio e bato a cabeça dele no beliche, aí aparece uma senhora (provavelmente a mãe) que começa a me xingar e chama algumas pessoas para baterem em mim e aí eu corro (isso tem mais a ver comigo).

Ok, na hora da minha fuga eu penso em uma forma de enganar eles, em vez de descer todos andares e fugir para rua, eu subo para o telhado (não tenho a mínima da onde o colégio virou um prédio!?!?!). Lá em cima eu me seguro numa escada, vou a caminho da antena (provavelmente de tv ou aqueles com uma luz vermelha na ponta para avisar os aviões que há um objeto ali, realmente não sei...). Há duas partes nisso, inicialmente estou num quadrado vermelho, que é assustador por que já era alto pacas e parece um engrado de cerveja preste a escorregar, isso me dá passagem para uma escada amarela de plástico que parece estar presa a parede (igual aquelas escadas de piscina), bem eu pulo e vou descendo até o final, mas não tem piso, a escada vai rente a parede mas sem lugar para ficar, nesse tempo uma escada lateral cai lá embaixo e eu perco ela de vista de tão alto que estou. Bem ainda tem uma escada de metal que vai a ponta da antena no outro pilar (bem por que não ir até lã?), consigo miraculosamente num salto chegar a ela, conseguindo segurar bem no último de grau, ou seja, a ponto de cair, eu nem olho para baixo de tanto medo, nisso vem os sinais de cansaço, cada vez mais a adrenalina me consome e minha mão esta dormente. Eu fecho os olhos e começo a pensar como seria a queda, sabe o fim do cansaço, da minha aventura bizarra, do medo de altura, cansado de lutar por algo que eu tenho a mínima idéia que seja. Minha mão começa a escorregar, eu abro os olhos e me seguro com força, mas esta cada vez mais dormente meus músculos e cair cada vez mais se torna uma opção e a única resposta. Eu acordo...

domingo, 22 de abril de 2012

Coisas

Me surpreende que cada vez mais o valor de uma pessoa é baseada em quanto ela recebe no final do mês (eu ia dizer baseado em dolar, mas achei que ficaria muito pomposo...). Eu tenho um pensamento que tal peso deveria ser atribuído ao caráter da pessoa, ou seja, uma pessoa que realmente valha alguma coisa. Conheço muito auxiliar de limpeza que vale mais que alto-executivos (sou estagiário de técnico em informática então meio que transito nesses dois mundos...) com seus ternos engomados e sua dita importância no mundo. Creio romantizar quando penso que todos somos importantes, todos parte de uma consciência como diria Bill Hicks (esse cara tem me feito superar momentos difíceis...). Ultimamente estou meio incomodado com toda essa besteira de castas sociais (eu sei... isso é tão Índia!), em como temos que nos matar para subir essa escada, imposta pela sociedade, cada vez mais me sinto alienado desse mundo. Só queria ter estabilidade para poder viver minha vida com os poucos caprichos que me permito, mas tudo bem quem sabe isso passe.

...

Não entendo como ás pessoas tem mania de registrar tudo, nada mais tem o frescor do momento, vivemos um alzhaimer constante, onde tudo tem que ser documentado (da cirurgia da unha encravada á aquela incrível festa de 15 anos com sua prima espinhenta emburrada num canto com um vestido caqui...). Devo ser um dos poucos que quando vou a shows (até parece que vai em muitos...), festas (ui que mentira...) e parques (quase não sai... PARA CONSCIENCIA IDIOTA! Se não eu paro de escrever...) não levo câmeras ou qualquer coisa. Normalmente prefiro guardar o momento na memória do que numa foto (todo mundo sabe que é por que você fica feio em fotos... EU TI AVISEI!).

P.S.: Esse é um legitimo caso de demência... Por favor, afastem-se dessa pessoa.
Obrigado pela atenção.




quarta-feira, 28 de março de 2012

Narciso contido?

O que faz ás pessoas quererem conhecer umas ás outras, ou uma querer conhecer outra pessoa, de qualquer forma é complicado, quando você se pega olhando com um olhar vago para tal ou aquele, pensando em mil maneiras de dizer alguma coisa ou apenas fazer contato. Eu sou a pior espécie social que existe, posso ser educado e brincar, mas quando realmente desejo conhecer alguém eu fico totalmente perdido, criou planos perfeitos quando estou sozinho, mas na frente da pessoa, o demônio da covardia me atinge (Nem tente amigo... você já sabe o resultado! Isso me lembrou o Poe não sei por que...). Talvez seja um trauma de infância...

Não entendo, alguns conseguem fazer parecer tão fácil, eu posso ser trivial, mas não consigo ser natural, acabo soando meio falso, ou estúpido, pelo menos eu me sinto assim, começo a ter aquelas fobias do tipo por que alguém poderia estar interessado em me conhecer?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ondas de radio no ventilador

Eu ouvia sons distorcidos na turbina, como um rádio mal sintonizado, sabia que eram palavras, mas era incompreensível por causa da distorção e o barulho forte das hélices.
Eu desligo o ventilador para ouvir se ás vozes vem de outro cômodo, mas nada há não ser o silencio. Ligo novamente, por alguns segundos é apenas o trovejar da turbina e eu, mas logo começa novamente, como uma conversa particular, o locutor derrama suas palavras sem sentido no meu quarto, fecho os olhos, apuro meus ouvidos tentando distinguir alguma coisa, o único sentimento que sinto é que isso é uma mensagem para mim.

São três da manhã, me acordei estranho, alguns pesadelos, eu me lembrava bem deles até alguns segundos atrás, começo a ouvir algumas coisas, palavras (Cactos, perola, sal, sorriso, gosto e agosto) e frases sem sentido (O filho da mãe é mais próximo que a filha mãe, sete caminhos para sete finais e mentiras infinitas são combustível no reino de Oz). Gosto amargo na boca, uma sensação de azia misturada com bílis, melhor voltar a dormir.

Comprei um caderno para escrever o que o ventilador me fala, com certeza é algo importante, alguma coisa tenta se comunicar. Tem vezes que tudo tem sentido, outras coisa se perdem no vácuo e tem o silencio do motor que me consome. Tenho algumas páginas escritas, em sua maioria rascunhos, osso sem corpo, mas esta começando a ter algum sentido.

Disse a senhora para o bom moço: 1, 2, 3 e 4 quem dá o primeiro salto. 5 e 6 eu não cedo minha vez. 7 e 8 quem não morre de desgosto. 9 e 10 todo dia têm seu gosto.


Às autoridades informaram que encontraram o corpo no final da rua, o que aparenta ser um suicídio, havia cortes em toda pele, provavelmente feitos com estilete, algum até nas solas dos pés. Mesmo com o estado do corpo após a queda estar quase irreconhecível. Um perito reconheceu algumas palavras ou frases que não foram divulgadas oficialmente. A senhoria do prédio disse que o rapaz estava psicótico, passava a maior parte do tempo no seu quarto escrevendo em cadernos, ao que parece havia mais de cem cadernos, inúmero rabisco em folhas de ofício e além das paredes estarem escritas também. No seu quarto só havia um colchão e um ventilador.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

ALulas: Novas músicas...

Bem aqui estão ás duas faixas de entrada do novo disco (se sair...).
A idéia é mais ou menos falar sobre ás fases da vida do ser humano.
Então estamos compondo músicas sobre determinadas situações ou personagens.


Baby is Born
In this world
With some love

Little boy
Or little girl
With such hope

Music: André
Lyrics: Victor & André


Sea song comes to me
All my love never fear
Sea song watch your time
Cause the clock never lies

Sing a song in the sea
With your friends or with me
Sea song never fade
Be with you all this time

It's like a ship sailing the sky
It's time, time to say goodbye

Sea song come with me
Oh my love never fear
Sea song whatch the tides
Cause the sea never lies

Music: André;
Lyrics: Victor & André;

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

ALulas - F#cking The Classics Rehearsals [Children Of The Revolution]


Aqui esta os ensaios de um cover do T. Rex...
Me na guitarra/vocal, Victor nos vocais e Ana nos vocais.
Totalmente pura diversão... Então não espere nada de mais

Devitto's Dead - Terrible Lullabies [Ep]


Umas das minhas poucas gravações que eu gosto dos solos...
Tirando faixa totalmente dispensavel chamada "Evelyn"

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ficção cientifica - o conto ao qual desiste de fazer...

Eu sempre quis escrever uma ficção cientifica, com o mestre Philip K. Dick eu notei que não precisa ser exatamente sobre alienígenas ou futuros distantes, pode ser também obra de uma mente perturbada, com uma idéia que também nunca tenha sido pensada. Então imagina um gordo, alienado, relativamente afeminado, emocionalmente confuso, sem futuro, sexualmente desregulado, excêntrico, egoísta e pior de tudo músico.

...

Harry Smakky acordou, sonolento como de costume e olhou pela janela suja de seu quarto. - Que batidas são essas? - Pensou ele. Cambaleando até a porta marrom acinzentada. Atrás dela está o reconhecido oficial de justiça, TaDeus Anopolis, que espera impacientemente sua nova vitima do dia, bate na porta cada vez mais forte e força os olhos para ver o brilho de seus sapatos. Harry abre a porta, o sujeito baixinho, calvo, com bigode fino tipo de garçom francês e que fica olhando seus próprios pés não o agrada.

Harry: Bom dia, em que posso ajudá-lo?
TaDeus: Ola, vim lhe entregar uma intimação, como pode ver senhor Smakky, o senhor ultrapassou sua casta, sendo assim o senhor está infligindo a lei 24.24 á qual o obriga passar pelo procedimento de “homossexualização”. Mas não se preocupe assim que finalizado será entregue a sociedade.
Harry: Desde de quando eu a estou a infligindo? Meu salário continua sendo de 1.998 mensais...
TaDeus: Você irá receber um aumento hoje.
Harry: Mas eu não pedi aumento...
TaDeus: Isso não é problema meu senhor. Só estou garantindo que a lei seja comprida. Arrume seus pertences básicos e logo partiremos.
Harry: Mas...
TaDeus: Sem mas senhor Smakky, poderemos usar a força bruta caso necessário. Não vai querer ter Brutus em cima de você como um elefante numa formiga elétrica. Vamos...

Harry fecha a porta, pensando em quem teria feito isso com ele, não deve ter sido por ser exatamente um bom empregado, sempre fez questão de fazer o mínimo possível e de forma mais relaxada que podia - Será que foi algum rival da empresa ou do passado? Alguma ex-namorada? Algum irmão descontente? Ou talvez a seu chefe? Espere... Agora eu vejo, só ele poderia me dar o aumento. Tenho a impressão que meu chefe quer me sadomizar!

Harry se vê preso nessa teia de intrigas e entrar na viatura não é uma opção. Ele ouve batidas fortes quase destruindo a porta e os gritos de Anopolis cada vez mais altos e se lembra que fechou a porta sem dizer nada. Isso não é o tipo de coisa que vai ajudá-lo.

...




Ninguém quer morrer como num filme de terror, membros decepados e o sangue jorrando no asfalto, não é divertido quando é o seu. Eu me sinto assim de várias formas, quando eu via ás noticias apenas pensava em rir, isso nunca ira acontecer comigo, pensava eu na época. Olho eu agora, ás margens da sociedade, bem com certeza é melhor do que passar por aquilo. O melhor de viver no lixo da sociedade, é conhecer ás baratas, elas não são tão pegajosas e nojentas depois que você passa a vê-las como suas únicas amigas. Há uma historia que todos adoramos compartilhar, a historia de um sujeito, bem ele não tem nome, apenas mais uma barata como eu ou você que esta lendo esse manuscrito. Vamos chamá-lo de “Edy”. Edy vivia uma vida bem confortável, tinha belas garotas ao seu dispor, o emprego monótono e o finais de semanas de tédio que todos nós amamos; Ele odiava sua família (Quem não odeia?), sabe ele vinha de um lar desfeito, onde seu pai trocou a sua mãe por um dançarino de cabaré no dia de natal. Bem vamos dizer que ele era relativamente problemático, na infância teve sérios problemas nos estudos, timidez, espinhas e um péssimo relacionamento com garotas que culminou de minar qualquer aproximação na sua adolescência. A lenda diz que ele perdeu a virgindade aos 23 anos com sua avó, mas essa parte é meio nublada. Edy superou tudo isso, conseguiu um emprego dos sonhos e tinha a vida que te disse no inicio da historia, como tudo que é bom não dura muito, logo Edy pagou por sua felicidade. O que eu deixei de contar é que o pai de Edy era um político de renome, que como todo bom político mantêm sua sujeira de baixo do terno impecável, todos sabiam que o velho curtia um salsichão polonês, mas como vivíamos numa sociedade podada por religiosos de caráter duvidoso, ele teria que pensar num jeito enganar a “boa moral” deles. A velha bicha pensou e pensou, qual seria o melhor jeito de fingir que não queria algo e fazer eles pensarem que era a solução que tanto procuravam? Todos sabemos que a religião que todos mais amam é a mais elogiada pela pureza da casta, a casta que é povoada pelos cidadãos de renda mínima ou abaixo disso. Com essa mentalidade ele propôs uma idéia absurda, um tiro no escuro que poderia afundar sua careira ou enganar a todos. Ele disse na câmara:
- Todos sabemos da grande injustiça que é com nossos companheiros de castas inferiores arranjar boas parceiras; Também sabemos do abuso constante de meliantes de castas superiores, onde tudo que procuram é o sexo promiscuo e sem amor por suas mulheres, onde sustentam suas luxurias desafiando os bons costumes da igreja. Contra esses demônios eu proponho uma solução, onde todos de castas inferiores não serão mais talhados por esses aproveitadores. Eu criei o artigo 24.24, onde qualquer semelhante que passar a casta media é punido com o homossexualismo. Com exceção da casta religiosa e política do estado.
E não é que o velho conseguiu! E para mostrar seu total compromisso com a nova lei, se declarou culpado e foi um dos primeiros a passar pelo procedimento desenvolvido por ele (Dizem que ele faz questão de se punir uma vez a cada mês, mas isso não vem ao caso). Hoje ele vive uma vida devota à igreja com seu mordomo ex-dançarino de cabaré. Claro que eles não pegaram todos de castas superiores e puniram logo de cara, houve um bom tempo onde à lei foi aplicada e os que provaram que seguem ás regras regrediram suas castas e continuaram com sua feliz vida heterossexual (Dizem que depois de ler o “menu” do “procedimento 24.24” qualquer um preferia ganhar menos...). A lei é a lei, assim passou a ser dito, de certa forma eles ajeitaram a economia, onde maiorias dos machões não queriam aumento de jeito nenhum (Um bom exercício de dignidade, diria eu...), mas a lei acabou sendo utilizada por muitos (que como o bom político que a criou) em beneficio próprio. Os julgamentos cada vez mais burocráticos e normalmente feitos depois do procedimento ajudaram essa nova arma na sociedade moderna, onde a melhor forma de foder seu colega é recomendá-lo a um aumento salarial. O povo devia estar muito ocupado com a novela das oito e suas redes sociais quando não deram bola pra essa lei. E o que Edy tem a ver com isso? Simplesmente quando a sua vida parecia estar indo bem com seu novo aumento, a lei entrou em vigor na sua era mais pesada, quando se tornou estilo “atire primeiro, pergunte depois”. Como vários Edy fugiu e teve que se esconder, por que o procedimento é obrigatório e até seu advogado ter provas você já teria sido diversão de algum carcereiro. Assim termina a historia de Edy. Há e o pai dele nunca soube do filho fugitivo, como todo bom pai ele fez questão de esquecê-lo.
Adoro ver ás pessoas daqui de cima, o céu negro com suas nuvens cinzas, o vento empurrando a poluição para dentro das casas. Meu abismo pessoal a minha frente, o que mais eu posso querer?

...

Dre Broche lambe o dente quebrado e cariado, ele lambeu tanto que a ponta da sua língua esta avermelhada e com aftas. Há mais ou menos uma hora seu amigo Harry ligou para ele desesperado, parece que o chefe queria foder ele ou algo do tipo e se aproveitou da nossa querida lei 24.24 (Esse não é o veado no jogo do bicho?). - Bem o que podemos fazer em relação a isso? Talvez gravar o procedimento do seu melhor amigo e vender no mercado negro de pornografia... Isso daria um bom dinheiro. Bem eu falei pra ele que trabalhar como concursado da prefeitura daria nisso, lá eles estão sempre se fodendo mesmo. Bem, eu disse para ele ligar para os bombeiros dizer que havia um incêndio, sei lá e fugir de fininho pelos fundos. Talvez de certo, no filme que eu vi matam o cara no final, mas na hora pareceu uma boa idéia. E faz quase uma hora e nada dele, ai ai... Bem isso elimina boa parte dos meus amigos. Odeio esperar, ainda esqueci meu celular em casa, não tenho usado desde que disseram que causa alucinações, parei de conversar com ás paredes, me sinto tão sozinho, faço perguntas a elas, mas não recebo resposta de volta. Acho que estou ficando louco! - Pensa sem prestar atenção no “mar” revolto a sua frente.

...

Harry caminha rapidamente pela calçada desgastada, marcou de se encontrar com seu amigo Dre na beira. Provavelmente ele ainda não deve estar lá. Bela idéia aquela, sorte que fez exatamente o contrario do que ele disse. - Maldito Anopolis deve agora estar arrancando seus bigodes, muito obrigado, mas sadomia esta fora da minha dieta. Passar uma semana sadomizando, sendo sadomizado ou ambos não é para mim! – Ele chega na esquina, viaturas circulam a quadra. - E ás pessoas que debochavam de sua coleção de perucas e vestido, quem está rindo agora pai! - Passa por Brutus (Nossa ele é rápido...) que claramente seca a sua bunda, agradece a deus por ter uma barba rala, cara de moça e pelo que parece bunda de moça? Ele finge não sentir orgulho...

...

Numa pequena mansão ao norte de Bolotks, quatro andares, erguida por quatro alicerces de cem metros acima do chão, como uma ilha no ar, ás cores sobriamente rosa choque das paredes contrasta com o arco íris que se projeta atrás da mesma. Como uma pintura de algum pintor pederasta dos anos setenta. Sentado na cadeira à frente da piscina esta um senhor que degusta seu “Strawberry Pine Aple” numa taça com um canudinho em um formato duvidoso de pênis de gorila, olhando carinhosamente para o jardineiro mulato que trabalha nos arbustos, suando em bicas num shortinho jeans curtíssimo. O nome do rapaz de cor é Rômulo, constantemente ele relembra suas noites de dançarino transvertido, onde o final do show ele fazia performance de seu movimento final chamado apropriadamente de tromba de elefante, a multidão que gritava seu nome profissional enquanto era esguichado pelo êxtase de Rômulo. Numa dessas noites de libertinagem, ele conheceu um jovem senhor (que na época usou um nome falso) chamado Liberato Constino. Como vários que chegaram nele depois de suas apresentações, buscando um algo a mais, que normalmente Rômulo fazia questão de evitar. Mas Constino tinha uma abordagem diferente e suas entranhas diziam que ele podia ser o homem de sua vida. A partir daquele dia ele sempre recebeu rosas no camarim e sempre com um cartão onde Constino delineava seu amor em linhas e versos cada vez mais pessoais. Mas isso é historia para mais tarde...

...

“Meu querido doce, delicado
Cardume mal amado
Com a pena envenenada
Lhe deixo malfadado”


Daqui em diante eu larguei de mão...
Mal e porcamente faço resenhas, melhor eu deixar isso para pessoas mais capazes!