quarta-feira, 26 de junho de 2013

Seether - One Cold Night

Eu não nego que só conheci o Seether por causa da balada “Broken” com Amy Lee nos vocais, não desprezo essa canção que de certa forma foi uma jogada de marketing da banda que aproveitou o sucesso Evanescence, mas mesmo assim era boa (ainda mais no ano onde tínhamos alguns lixos plastificados no top hits como sempre). Talvez por isso eu tivesse algum preconceito com o grupo, me lembro de ter baixado um ao vivo deles na web e achei o som muito saturado com gritarias desnecessárias, e larguei de mão deles por uns dois anos. Navegando pelo youtube me deparei com o acústico deles, sempre achei interessante ouvir bandas que abusam de distorção nesse formato, normalmente prevalece mais a melodia e ás composições, verdadeiro teste para ver se a banda é boa. Temos exemplos de boas grupos que ficaram ótimo nesse formato, na minha lista eu destaco Alice In Chains, Nirvana, Metallica (Não que haja um official, mas tem vários bootlegs legais!), Foo Fighters, Pearl Jam, Stone Temple Pilots e Seether, no momento por que nunca se sabe o que pode vir mais (o do Korn também ficou interessante, mas não ouvi ele inteiramente).

O Seether me surpreendeu com belas melodias e alguns gritos ocasionais, mas a maioria em sua forma contida preservando um formato mais agradável ao ouvinte e envolvente com um teor lírico altamente pessoal. “Gasoline” ficou numa forma mais rústica com ênfase nos vocais inspirados de Shaun. Gostei muito por eles terem optado por um refrão cantado num tom mais forte em vez de se esgoelar como é na versão estúdio, e os violões dão o tom mais pesado sem ter que apelar para distorção, na verdade até embeleza mais em vez de mascarar cada nuances dos riffs; Os vocais chorosos e dedilhado hipnotizando de “Driven Under”, nossa que letra foda e o refrão que não ficou sujo e destacou os vocais, outro nível de qualidade em relação a original; O riffs de “Diseased” é legal, o verso tem um tom bem comum, mas o que a faixa tem de bom é o refrão, cumpre seu papel; É muito bala notar que o público não reconhece “Truth” antes do versos iniciais, mas voltando é outra que tem vocais muito bons, onde a interpretação de Shaun se supera; Eu sempre que ouvia pensava: ‘Parece Nutshell do A.I.C. pacas’. Pesquisando fui saber que “Immortality” é um cover do Pearl Jam (Não sou exatamente um conhecedor da discografia deles ainda...), musicalmente não é nada demais, fica bem no conceito show e só; Bem, “Tied My Hands” é outra que segue a linha de Diseased para mim, boas e grudam com ótimos refrões, mas não passam disso; Eu adoro o odor pop de “Sympathetic” que vem dos versos ao refrão culminando com emocionante parte intermediaria, sério, é pop, mas tem uma qualidade do caralho, sem soar falso, algo raro hoje em dia. De novo destaco o lance acústico melhorou muita a faixa, olha que estou tentando evitar, mas todo esse disco me mostra isso; Em “Fine Again” de novo temos ótimos vocais e interpretação sobrenatural no refrão; “Broken” é o hit, mesmo a versão com Amy Lee se nota a qualidade liricamente e musicalmente da mesma, mas prefiro anos luz essa versão; “The Gift” bom refrão, mas não me emociona tanto quanto ás outras; Essa talvez seja a única que curta tanto a versão de estúdio quanto a acústica, “Remedy” por si só tem bom verso e refrão, além de um riff foda pacas; E finalizamos com “Plastic Man” com só shaun no palco, bom lance de dedilhado e refrão bem soturno;

Como já disse, na minha opinião o Seether deveria ser uma banda acústica, nada contra o pós-grunge ao qual eles são conhecidos, mas o som fica tão mais maduro e definido, sinceramente a enchente de distorção que permeia ás faixas não me agrada muito (talvez o Disclaimer II e Karma and Effect sejam os mais audíveis). Não estou dizendo que são ruins, mas é muito melhor nesse molde desplugado.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Whisper Symphony - The Same Old Sad Music [2013]



Demorou um tempinho mas consegui finalizar essa bagaça. Tem algumas coisas novas, alguns temas inspirados na música indiana e o velho folk deprê. Aproveite!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Devo - Freedom Of Choice


Devo é umas das bandas que eu sempre reouço, vendo algum vídeo, ou pinçando alguma música por aí. Realmente nunca parei para ouvir um disco inteiro (mesmo que já tivesse a discografia), é bem fácil escolher o álbum que vale uma avaliação mais profunda (depois de ouvir eles), os outros são legais, tem seus hits, mas não são exatamente um long play completo que segura o ouvinte do inicio ao fim.

O riff seco e um teclado agudo que se aliam ao som pulsante de baixo em “Girl U Want”, além de ter uma letra muito boa e cheia de símbolos (sério extremamente poético de um ponto de vista nerd); A linha de notas nos teclados robóticos de “It's Not Right” é exatamente que o Devo significa para mim, nada além de genial. Sem contar a letra que fala de traição numa forma muito cômica/trágica e um refrão grudento (que depois que uma pessoa me disse, realmente lembra um pouco The Cure); Essa gruda no melão, realmente não tem como fugir dela, das guitarras ao som sintetizado do chicote, “Whip It” é o hit eterno deles; “Snowball” é meio que um proto-electro com uma vibe meio sci-fi envolvendo outra letra de amor com significados alheios; O tom meio de 'vilão de filme preto-e-branco' dos vocais, ás guitarras punks e os teclado ala jornada das estrelas dão o clima de “Ton O' Luv”; “Gates of Steel” é épica nos seus teclado até batida rala de guitarra e baixo que sugam os vocais proféticos para esse núcleo (isso soou estranho); Adoro a simplicidade de “Freedom of Choice”e a a letras sarcástica, de longe umas das minhas preferidas do disco; Outra canção que me atrai pelo minimalismo das partes que se unem, “Cold War” dos teclados com sons estranhos, aos ruídos estridentes de guitarra, baixo simplesmente mangolão, batida reta e um vocal caricato; Emulando uma batida punk aos moldes Devo, “Don't You Know” tem um refrão oitentista que não tem como não se pegar cantando ou batendo o pé ao ritmo; Eu assumo que “That's Pep” só me cativa pelo riff bizarro de baixo a cada verso, a música em si é bem fraquinha e sem muita inspiração, bem cada disco tem seu calcanhar de Aquiles; “Mr. B's Ballroom” não é exatamente boa nem ruim, só que sei lá, é tipo como ter Alzheimer, você ouve e curte ela no contexto do álbum, mas esquece logo em seguida; A sequencia de “Planet Earth” é muito bala, cada lance se junta de forma sublime. A cacofonia dos teclados, a guitarra quase muda ao baixo que sustenta toda estrutura. O vocal esta meio caricato como sempre como é nas faixas mais dramáticas, assim se fecha o disco de forma robótica e sinistramente mórbida.